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No primeiro post dessa série, contamos como a cerveja chegou ao nosso país. Se ainda não leu, clique aqui e confira.
Nesse segundo post da série, faremos uma viagem no tempo para descobrir como as cervejarias artesanais cresceram e dominaram o mercado.
Em 1830, iniciaram-se por imigrantes a produção artesanal da cerveja, mas ela era somente para consumo da família, não para venda. Foi somente a partir de 1835 que as famílias começaram a usar escravos e empregar trabalhadores para produzir a bebida e a vender ao comércio local.
Nesse período, surgiram muitas cervejarias sem marca alguma, que vendiam a bebida em barris para os comércios. Muitas vezes, os próprios comerciantes engarrafavam a bebida.
Curiosidade: As mulheres exerceram grande influência na história da cerveja no Brasil. A produção da bebida era tida como uma atividade da cozinha e elas produziam para o consumo familiar.
Com o gradual crescimento do consumo, a cerveja se tornou popular. Em 1836, foi publicado no “Jornal do Commercio do Rio de Janeiro” o primeiro anúncio publicitário brasileiro da bebida. O anúncio dizia: “Na Rua Matacavalos, número 90, e Rua Direita número 86, da “Cervejaria Brazileira”, vende-se cerveja, bebida acolhida favoravelmente e muito procurada. Essa saudável bebida reúne a barateza a um sabor agradável e à propriedade de conservar-se por muito tempo“.
Esse foi o início do desenvolvimento da cerveja em um nível mais comercial.
Em 1846, Georg Heinrich Ritter instala uma pequena linha de produção de cerveja na região de Nova Petrópolis – RS, criando a marca Ritter, uma das precursoras do ramo cervejeiro.
A Ritter era concorrente da Fábrica de Cerveja de Friederich Christoffel, de Porto Alegre. Em 1878, Christoffel produzia mais de um milhão de garrafas.
A década de 40 desse século foi um período de grande desenvolvimento. Conheça outras cervejarias que surgiram até 1855:
• Cervejaria Brasileira (RJ, 1836);
• Henrique Schoenbourg (SP, 1840);
• Georg Heinrich Ritter (Nova Petrópolis/RS, 1846);
• Henrique Leiden (RJ, 1848);
• Vogelin & Bager (RJ, 1848);
• João Bayer (RJ, 1849);
• Gabriel Albrecht Schmalz (Joinville/SC, 1852);
• Henrique Kremer (Petrópolis/RJ, 1854);
• Carlos Rey (Petrópolis/RJ, 1853).
Apesar das novas oportunidades, os cervejeiros encontraram desafios. A falta de cevada e lúpulo, até então importados da Alemanha e Áustria, estimularam a produção com o uso de outros cereais como arroz, milho e trigo. Outra dificuldade era alto custo da refrigeração no país tropical. Beber uma cerveja gelada era algo raro.
Referência: Livro Larousse da Cerveja, Editora Larousse.
Lembre-se: se beber não dirija; consuma com moderação; bebidas alcoólicas são proibidas para menores de 18 anos.
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